Arquivo para fevereiro \08\-03:00 2010

Como comecei a correr (parte1) – Klebão

Comecei a correr firme no final de abril de 2007, e, como a grande maioria das pessoas que começam a correr, meu objetivo era perder peso e ganhar mais qualidade de vida. Tenho 1,76m e estava com quase 87 kg, ou seja, 10 kg acima do que é considerado ideal, levando-se em conta um IMC de 25. Com esses números na cabeça, fui passar o feriado do Dia do Trabalho em Campinas, com minha namorada, e resolvi que aqueles dias de folga seriam um divisor de águas na minha vida. Iria começar a praticar uma atividade física, e seria a corrida! A escolha ocorreu pela facilidade de equipamento e pela prática depender única e exclusivamente da minha vontade em sair correndo por aí. Comprei um tênis novo, de corrida mesmo, algumas camisetas e shorts dry-fit e viajei para iniciar meu desafio.

Ficamos hospedados no bairro de Barão Geraldo, no apartamento da minha irmã. Para quem não conhece Campinas, Barão Geraldo é o bairro da Unicamp, bem afastado do centro e de uma tranquilidade imensa, com muitas praças, muito verde e também o campus da Universidade. Nos três dias em que ficamos lá, corri duas vezes. Na primeira vez, não agüentei nem 15 minutos de trote leve, num ritmo de quase 7 minutos por km. No segundo dia, cercado pela bela paisagem da Unicamp, aumentei um pouco o tempo de rodagem, mas 20 minutos foi o máximo que consegui percorrer antes de quase por as tripas pra fora!

Quando voltei para São Paulo, já estava decidido a controlar por conta própria a alimentação e treinar pelo menos duas vezes por semana no parque do Ibirapuera, que ficava perto do escritório onde eu trabalhava. Depois do expediente, por volta das 19h30, trocava de roupa e ia a pé para o parque, feliz da vida. Comecei correndo 3 km, depois 3,5 km, 4 km, 4,5 km, 5 km, gradativamente. Sempre aquecendo antes e alongando depois. Na volta do parque, pegava minhas coisas no escritório e voltava a pé pra casa – distante uns 2,5 km do trabalho –, para melhorar o condicionamento. No jantar, um pouquinho de carboidrato para repor as energias e muita salada e peito de frango para afinar a cintura! Estava conseguindo cumprir a meta de treinar duas vezes por semana, me alimentar bem, e sentia que a nova rotina começava a mudar – e para melhor – a minha vida!

No dia 17 de junho, participei da minha primeira corrida, a Nike Plus, na USP (aqui, abro um parênteses para falar da minha primeira corrida de verdade, quase dez anos antes: em 1997, participei da São Silvestre, terminando os 15 km em 1h44min. Tinha 17 anos, treinei umas quatro vezes no Ibira e fui para a prova. Corri, andei, caminhei, me arrastei e cheguei. Uma boa experiência, mas é claro que eu estava longe de ser um corredor… Aquela foi apenas uma participação pontual. Histórica, por se tratar da São Silvestre, mas pontual. Portanto, considero a Nike Plus minha primeira corrida como “corredor” mesmo).

Completei o trajeto de 5 km em pouco mais de 28 minutos, um tempo que me surpreendeu, já que não esperava ganhar um condicionamento considerado até razoável em menos de dois meses. Mantive a rotina de treinos e alimentação balanceada nas semanas seguintes – aliviando os pratos também no almoço – e, em meados de agosto, já estava pesando 79 kg. Ou seja, tinha deixando pra trás uma pochete de banha de quase 8 kg!

No mesmo mês de agosto, no entanto, quando tudo corria bem (inclusive eu!), um pequeno acidente numa partida de futebol com os amigos, numa quarta-feira à noite, me afastou das corridas por três semanas. Retomei os treinamentos em setembro, mas senti que já não era a mesma coisa. Havia perdido três semanas de condicionamento, e quem corre, sabe o prejuízo que isso significa. Voltei um pouco desmotivado, já que não conseguia repetir os mesmos tempos. O ritmo de treinos caiu um pouco, mas, mesmo assim, mantive de pé minhas visitas ao parque.

Como meu peso já estava equilibrado, faltando dois ou três quilos para a meta, continuei fazendo de 4 a 6 treinos por mês até dezembro. No final do ano, no entanto, mais uma pausa de duas semanas, devido às férias do trabalho. Na volta, fiz mais dois ou três treinos ao longo de janeiro e começo de fevereiro até que uma mudança providencial de emprego, muito boa pelo lado profissional, tirou de vez a corrida da minha vida por quase 10 meses, me fazendo voltar à estaca zero.

Aquela pochete de banha faria novamente parte da minha vida, e dessa vez seria ainda maior…

No meu próximo post, finalizo esta história, OK?

Abraços,
Klebão


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